Para que?
29.11.09Poderia abalar-te, acabar com tudo que estas a viver, sem mim, mas não. Nem consigo pensar nisso, nem tem a ver comigo, não sou assim, mas...
29.11.09
Poderia abalar-te, acabar com tudo que estas a viver, sem mim, mas não. Nem consigo pensar nisso, nem tem a ver comigo, não sou assim, mas é um facto, podia. Em vez disso nem sequer interfiro, fico aqui quieta, a pensar no quanto fui feliz, contigo. Fico aqui a olhar durante horas para todas as lembranças que tenho nossas. E dói pensar, imaginar, saber que estás a fazer outra pessoa feliz que não eu. A culpa não é tua, não é minha, não é dela, é apenas do jeito que ela mexe contigo. Já não acredito em ti, em nós. Lembro-me perfeitamente do que te disse naquela tarde que me dedicaste toda a tua paciência, e todo o teu amor, "Não me faças arrepender nunca!", prometeste que não e abraçaste-me com força, para que? Para que tantas promessas? Para que levares fotografias minhas do meu quarto, e mais tarde, já em casa me dizeres, "não consigo deixar de olhar para as fotos, és tão linda amor!" Para que quereres conquistar toda a minha confiança, e sobretudo todo o meu amor? Para que? Se depois de tudo foste embora? Espero todos os dias por uma resposta, para todas as minhas interrogações. E nem sinal. Não aguento com tudo isto cá dentro. Contigo cá dentro, e sem o teu amor. Quero ser como tu, e ignorar-te tal como fazes, quero ser como tu e dar uma oportunidade a minha felicidade, a um novo caminho, o meu caminho.
Vontade já tenho.