Caminhar sozinha
17.6.10A verdade é que tu nunca deste importância a todos os passos que demos, não lembras datas, não lembras palavras, não sabes quantas vezes ...
17.6.10
A verdade é que tu nunca deste importância a todos os passos que demos, não lembras datas, não lembras palavras, não sabes quantas vezes fui ter contigo, não sabes quantas vezes me fizeste chorar, não sabes nada. E no meio disto tudo aprendi e acima de tudo cresci. Não há como ser uma adolescente parva e inconsciente para sempre. Mas chegamos uma certa altura e a dor é grande demais e o sorriso quase infantil não consegue disfarçar mais a grande ferida negra que ocupa grande parte dos meus dias, enquanto deveria estar a aprender a caminhar sozinha. É como se finalmente tivesses mostrado o teu pior lado, a tua pior alma, o que durante meses não quis ver. Mas agora é diferente. Eu tentei não me beliscar tantas vezes, mas tu fizeste isso por mim, acordei de um sonho bom, mas surreal. Agora esta é a minha vida e ainda não sei o que fazer dela. Por isso, preciso silêncio, cor, música, sol, por isso preciso é de força. Preciso é de me conseguir ver sem ti.